Riot Games flexibiliza regras para patrocínios de apostas
A Riot Games anunciou uma mudança significativa em sua política de patrocínios, permitindo agora que equipes de elite do VALORANT e League of Legends (LoL) fechem acordos com empresas de apostas esportivas. A decisão afeta especificamente as equipes do Tier 1 nas regiões das Américas e EMEA (Europa, Oriente Médio e África).
Esta movimentação representa uma importante mudança de postura da desenvolvedora, que tradicionalmente mantinha restrições mais rígidas em relação a esse tipo de parceria. O cenário competitivo dos esports vem passando por transformações nos últimos anos, com a indústria de apostas se tornando cada vez mais presente no ecossistema.
Impacto nas equipes e no cenário competitivo
Com a nova política, as organizações terão acesso a uma fonte adicional de receita em um momento onde a sustentabilidade financeira das equipes de esports tem sido frequentemente questionada. Alguns pontos importantes sobre a mudança:
Aplica-se apenas às equipes do Tier 1 (nível mais alto de competição)
Válido para as ligas das regiões Américas e EMEA
Inclui tanto o VALORANT quanto o League of Legends
As equipes terão diretrizes específicas sobre como exibir os patrocínios
Especialistas apontam que essa decisão pode nivelar o campo de atuação das organizações de esports com outros esportes tradicionais, onde os patrocínios de casas de apostas já são comuns. No entanto, também surgem preocupações sobre o impacto potencial dessa medida em jogadores mais jovens que acompanham as competições.
Reações mistas da comunidade
A decisão da Riot Games gerou reações diversas entre fãs e profissionais do cenário. Enquanto alguns enxergam como um passo necessário para a profissionalização dos esports, outros expressam preocupações:
Torcedores mais jovens podem ser expostos a conteúdo de apostas
Possível conflito de interesses em competições com envolvimento financeiro
Risco de normalização do jogo entre adolescentes
Potencial aumento de casos de apostas problemáticas
"Temos visto em outros esportes como o futebol que os patrocínios de casas de apostas podem trazer recursos importantes, mas também desafios significativos", comentou um analista de esports que preferiu não se identificar. "A Riot precisará equilibrar cuidadosamente os benefícios financeiros com a proteção de sua base de fãs."
Regulamentação e limites estabelecidos
Apesar da abertura, a Riot Games estabeleceu diretrizes rígidas para essas parcerias. As organizações terão que seguir regras específicas sobre como exibir os logos e mencionar os patrocinadores:
Proibição de qualquer conteúdo direcionado a menores de idade
Restrições a certos tipos de mensagens promocionais
Obrigatoriedade de incluir avisos sobre jogo responsável
Limites na frequência de exibição durante transmissões
Curiosamente, a política difere entre VALORANT e League of Legends. No cenário do LoL, as restrições são ligeiramente mais brandas, refletindo talvez a audiência um pouco mais velha do jogo. Já no VALORANT, onde o público tende a ser mais jovem, as regras são mais conservadoras.
O cenário internacional de comparação
Vale notar que a Riot está seguindo um caminho já percorrido por outras ligas de esports. Organizações como a ESL e a BLAST Premier já permitem patrocínios de casas de apostas há anos. Na Ásia, especialmente na China e Coreia do Sul, esse tipo de parceria é ainda mais comum, embora com regulamentações específicas.
O que diferencia a abordagem da Riot é o foco inicial apenas nas equipes de elite. "Começar pelo Tier 1 nos permite avaliar os impactos antes de considerar expansão", explicou um representante da empresa em entrevista coletiva. Essa estratégia gradual pode ser uma tentativa de mitigar riscos enquanto testa as águas desse novo modelo de negócios.
Com informações do: ValorantZone