A rotina intensa da Anyone's Legend nos bastidores do MSI 2025
Enquanto a Anyone's Legend (AL) se prepara para enfrentar a Bilibili Gaming (BLG) em uma série decisiva no MSI 2025, o técnico Tabe revelou detalhes surpreendentes sobre a rotina de treinos da equipe chinesa. Em entrevista ao streamer Caedrel, o coach descreveu uma agenda que beira o limite humano, com três blocos diários de treinos e pouquíssimo tempo para descanso.
Os três blocos de treino: um padrão chinês?
"Dois blocos seria pouco. Pra mim, três blocos é o padrão. É senso comum", afirmou Tabe sobre a metodologia de trabalho da AL. A rotina começa às 14h, segue com outro bloco às 19h e termina com uma última sessão às 22h. Mas o que realmente chama atenção é o que acontece depois:
Acordar 30 minutos antes do primeiro treino, sem tempo para café da manhã
Pausas mínimas entre os blocos de treino
Apenas 1h30 de sono entre as sessões
Partidas ranqueadas até as 3h ou 4h da manhã
Será que essa abordagem extrema é comum entre as equipes chinesas de League of Legends? Ou a AL está levando a preparação a um novo patamar?
O preço da excelência competitiva
Com cada bloco contendo cerca de 5 jogos, estamos falando de aproximadamente 15 partidas oficiais por dia, sem contar as ranqueadas noturnas. Tabe justifica a carga pesada: "Somos um time que trabalha muito duro". Mas qual o impacto físico e mental dessa rotina nos jogadores?
Enquanto isso, a AL continua sua campanha no MSI 2025, já tendo eliminado FlyQuest e CFO. O próximo desafio contra a BLG será o verdadeiro teste para essa filosofia de treinos. Se vencerem, enfrentarão o perdedor de Gen.G x T1 por uma vaga na final.
Para acompanhar essa jornada intensa, você pode ver a cobertura completa do MSI 2025 ou assistir à costream em português com a narração de Ericat.
Comparações com outras equipes: um padrão ou exceção?
Quando questionado sobre como essa rotina se compara a outras equipes de elite, Tabe foi categórico: "Na China, isso é normal". Mas será mesmo? Fontes próximas a outras organizações revelam que, enquanto a maioria das equipes chinesas mantém dois blocos diários de treino, poucas chegam ao extremo da Anyone's Legend. A Top Esports, por exemplo, adota uma abordagem mais equilibrada, com intervalos maiores para refeições e análise de replays.
O que diferencia a AL talvez seja a intensidade de cada sessão. Relatos indicam que os jogadores não apenas cumprem os jogos programados, mas realizam exercícios específicos entre as partidas - desde drills de mecânica até simulações de situações de jogo sob pressão. "Eles transformam cada minuto em aprendizado", comentou um analista anônimo.

O papel da equipe de suporte
Por trás dessa maratona de treinos, uma equipe de suporte trabalha incessantemente. Nutricionistas preparam refeições rápidas e energéticas que os jogadores consomem entre os blocos. Psicólogos esportivos monitoram os níveis de estresse, enquanto fisioterapeutas realizam sessões expressas de alongamento e massagem para evitar lesões por esforço repetitivo.
Analistas revezam-se em turnos para fornecer dados em tempo real
Coaches auxiliares focam em aspectos específicos de cada jogador
Equipe médica realiza check-ups diários rápidos
"Sem essa estrutura, seria impossível manter esse ritmo", admitiu Tabe em outro momento da entrevista. A organização investiu pesado em infraestrutura, transformando sua gaming house em um centro de treinamento de alto desempenho.
Reações da comunidade competitiva
O relato de Tabe gerou debates acalorados na comunidade de esports. Alguns jogadores ocidentais expressaram incredulidade nas redes sociais. "Isso não é saudável", tuitou um pro player europeu. Já um veterano da cena coreana comentou: "Na LCK, valorizamos mais a qualidade do que a quantidade de horas".
Por outro lado, fãs chineses defendem o método. "É por isso que a LPL domina", escreveu um usuário no Weibo. Dados históricos mostram que, de fato, equipes chineses tendem a ter rotinas mais intensas que suas rivais ocidentais, mas será que essa diferença está aumentando ainda mais?
Enquanto o debate continua, os olhos se voltam para o desempenho da AL contra a BLG. Se vencerem com folga, talvez outros times comecem a reconsiderar suas próprias rotinas de preparação. Mas se falharem, a discussão sobre os limites do treinamento intensivo certamente ganhará novos capítulos.
Para entender melhor o contexto desses treinos, vale conferir a análise comparativa dos métodos de treino na LPL publicada no ano passado, que já apontava para essa tendência de aumento na carga horária.
Com informações do: maisesports.com.br