O MSI 2025 marca novas fronteiras para o cenário competitivo de LoL
O Mid-Season Invitational de 2025 promete ser um marco para o League of Legends competitivo. Pela primeira vez, o Canadá receberá um torneio internacional do jogo, com Vancouver como cidade-sede entre 27 de junho e 12 de julho. O Pacific Coliseum, com capacidade para 17.500 pessoas, foi o local escolhido - o mesmo que recebeu as finais da NA LCS Spring Split em 2017.
Mudanças significativas no formato e qualificação
Esta edição introduz duas grandes novidades: o formato Fearless Draft, onde times não podem repetir campeões já utilizados em uma série, e uma nova estrutura de ligas regionais. A LCP (League of Legends Championship Pacific) e a LTA (League of Legends Championship of The Americas) surgem como fusões de ligas menores, representando consolidações regionais importantes.
As regiões terão a seguinte distribuição de vagas:
LCK (Coreia): 2 times direto para a Fase de Chaves
LPL (China): 1 time no Play-In e 1 na Fase de Chaves
LEC (EMEA): 1 time no Play-In e 1 na Fase de Chaves
LTA (Américas): 1 time no Play-In e 1 na Fase de Chaves
LCP (Ásia-Pacífico): 1 time no Play-In e 1 na Fase de Chaves
Times classificados e o que está em jogo
Até o momento, alguns times já garantiram suas vagas:
G2 Esports (LEC)
CTBC Flying Oyster (LCP)
GAM Esports (LCP)
Movistar KOI (LEC)
O campeão do MSI 2025 garantirá vaga direta para o Campeonato Mundial no final do ano. Além disso, todos os times classificados também estarão garantidos no torneio de League of Legends da Esports World Cup 2025.
O impacto do Fearless Draft na estratégia competitiva
O formato Fearless Draft promete revolucionar a forma como os times abordam as partidas. Diferente do draft tradicional, onde campeões podem ser repetidos em séries, essa nova abordagem força as equipes a mostrarem versatilidade em seus repertórios. Especialistas como CloudTemplar já comentaram que isso pode beneficiar times com jogadores mais completos tecnicamente, em detrimento de equipes que dependem de poucos campeões especializados.
Imagine um cenário onde um time como a T1, conhecida por seu vasto champion pool, pode explorar essa vantagem contra adversários mais limitados. Por outro lado, equipes que construíram estratégias em torno de picks específicos podem enfrentar dificuldades adaptativas. Será que veremos menos "pocket picks" e mais composições equilibradas?
As novas ligas regionais e seu potencial
A fusão que criou a LCP (League of Legends Championship Pacific) unifica regiões antes separadas como PCS, LJL e LCO. Essa consolidação traz tanto oportunidades quanto desafios. Por um lado, aumenta a competitividade ao concentrar talentos; por outro, pode marginalizar cenas menores como o Japão e a Oceania.
Na prática, times como a DetonatioN FocusMe, que dominava a LJL, agora precisarão enfrentar adversários mais fortes regularmente. Isso pode elevar o nível geral ou simplesmente criar uma disparidade maior entre os melhores e os piores times da liga. A Riot Games prometeu investimentos em infraestrutura para apoiar essa transição, mas será suficiente?
Já a LTA (League of Legends Championship of The Americas) representa uma tentativa de revitalizar o cenário das Américas após anos de domínio da LCS sobre a LLA. Com a inclusão de times brasileiros como LOUD e paiN Gaming nesse ecossistema, a expectativa é de um aumento significativo na qualidade do produto competitivo.
Expectativas para os times confirmados
Analisando os times já classificados, o G2 Esports chega como um dos favoritos. Após sua performance dominante na LEC Winter e Spring, a equipe europeia parece ter encontrado uma fórmula vencedora com seu estilo agressivo e flexível. Seu mid laner Caps está em forma excepcional, mas como ele se adaptará ao Fearless Draft?
Do lado asiático, o CTBC Flying Oyster (CFO) representa a nova cara da região do Pacífico. A equipe taiwanesa mostrou um jogo coordenado e disciplinado durante a temporada, características que podem ser valiosas no novo formato. Enquanto isso, o GAM Esports traz o estilo explosivo do Vietnã - sempre imprevisível e emocionante de assistir.
O que mais chama atenção, porém, é a ausência (até agora) de pesos-pesados como T1, JD Gaming ou Gen.G. Essas equipes ainda disputam suas respectivas ligas regionais, mas sua possível classificação poderia mudar completamente o panorama do torneio. Você acredita que veremos surpresas nas classificações restantes?
O fator Vancouver: como o local impacta o evento
Vancouver não é apenas uma escolha geográfica interessante; ela representa uma aposta da Riot em expandir o alcance global do esporte. O fuso horário da costa oeste canadense (UTC-7) permite horários acessíveis para espectadores tanto na Ásia quanto na Europa - um equilíbrio raro em eventos internacionais.
A cidade também oferece infraestrutura de primeira linha, com o Pacific Coliseum sendo um local icônico que já recebeu eventos esportivos de grande porte. A comunidade local de League of Legends é vibrante, e espera-se que o público canadense compareça em massa para apoiar não apenas as equipes norte-americanas, mas o espetáculo como um todo.
Um detalhe curioso: este será o primeiro MSI realizado em um país onde o francês é uma língua oficial (juntamente com o inglês). A Riot já anunciou que haverá transmissões bilíngues e conteúdo especializado para a comunidade francófona - um movimento inteligente considerando a paixão dos quebequenses por esports.
Com informações do: en.wikipedia.org