Nordic Game Awards 2025 celebra o melhor dos jogos nórdicos
O Nordic Game Awards 2025 aconteceu na última quinta-feira, 22 de maio, em Malmö, na Suécia, consolidando-se como o principal evento para celebrar a excelência dos jogos produzidos na região nórdica. Transmitido ao vivo do Slagthuset, o evento mais uma vez destacou a criatividade e inovação dos estúdios locais, com uma mistura interessante entre blockbusters e produções independentes.
Indiana Jones lidera, mas diversidade marca a premiação
Indiana Jones and the Great Circle, da Machinegames (Suécia), foi o grande destaque da noite, levando para casa os prêmios de Nordic Game of the Year e Best Audio. Mas o que realmente chamou atenção foi como a premiação conseguiu equilibrar grandes produções com jogos menores e igualmente brilhantes.
Títulos como Miniatures (Other Tales Interactive, Dinamarca) e Lorelei and the Laser Eyes (Simogo, Suécia) provaram que a região continua sendo um celeiro de ideias inovadoras. Você já teve a chance de jogar algum desses?
Confira a lista completa de vencedores
Nordic Game of the Year: Indiana Jones and the Great Circle (Machinegames, Suécia)
Nordic Game of the Year – Small Screen: The Holy Gosh Darn (Perfectly Paranormal, Noruega)
Best Art: Miniatures (Other Tales Interactive, Dinamarca)
Best Game Design: Lorelei and the Laser Eyes (Simogo, Suécia)
Best Technology: Satisfactory (Coffee Stain Studios, Suécia)
Best Audio: Indiana Jones and the Great Circle (Machinegames, Suécia)
Best Fun for Everyone: Snufkin: Melody of Moominvalley (Hyper Games, Noruega)
Best Debut: Mouthwashing (Wrong Organ, Suécia)
O que torna esta premiação especial?
Organizado pelo Nordic Game Institute em parceria com AMD e PR Nordic, o evento contou com a apresentação carismática de Matilda Smedius, atriz de voz e streamer querida pela comunidade. O júri, composto por especialistas de cada país nórdico, garantiu avaliações técnicas e justas.
E se você está se perguntando por que deveria acompanhar esta premiação, a resposta é simples: muitos dos vencedores ganham visibilidade internacional após o evento, tornando-o um ótimo termômetro para descobrir novos jogos e estúdios promissores antes que eles explodam no cenário global.
O cenário indie nórdico continua surpreendendo
Enquanto Indiana Jones roubou os holofotes, foi impossível ignorar a força dos jogos independentes na premiação. Mouthwashing, vencedor de Best Debut, é um exemplo perfeito - um jogo sueco sobre lavar bocas que transforma uma premissa aparentemente bizarra em uma experiência profundamente humana. E não foi o único.
O estúdio dinamarquês Other Tales Interactive provou mais uma vez por que é um nome para ficar de olho. Seu Miniatures, vencedor de Best Art, cria um mundo inteiro dentro de um apartamento, onde objetos cotidianos ganham significados mágicos. Já jogou algo assim antes?
O que os vencedores revelam sobre a indústria nórdica?
Analisando os premiados, três tendências se destacam:
Narrativas ousadas: De Lorelei and the Laser Eyes a Snufkin, há uma clara valorização de histórias que desafiam convenções
Experimentos sonoros: O prêmio de Best Audio para Indiana Jones esconde uma cena musical vibrante, com estúdios como Simogo elevando a trilha sonora a elemento narrativo central
Acessibilidade criativa: Snufkin e The Holy Gosh Darn mostram como criar experiências profundas sem complexidade mecânica excessiva
E aqui está algo curioso: metade dos vencedores tem protagonistas femininas ou não-binárias. Um reflexo da mudança demográfica nos estúdios nórdicos ou simplesmente boas histórias sendo contadas? Provavelmente ambos.
Os bastidores da premiação
Conversando com desenvolvedores após o evento, ficou claro que o Nordic Game Awards é mais que uma cerimônia - é um ponto de encontro vital para essa comunidade. "É onde conheci meus futuros parceiros de projeto ano passado", contou uma desenvolvedora da Wrong Organ, estúdio por trás de Mouthwashing.
E os números impressionam: este ano teve recorde de inscrições, com 147 jogos concorrendo nas oito categorias. Para um evento regional, isso fala muito sobre a saúde criativa da indústria nórdica. Será que veremos mais fusões entre estúdios grandes e pequenos, seguindo o exemplo da Machinegames (Indiana Jones) pertencente à ZeniMax Media, mas mantendo identidade local?
Um detalhe que poucos notaram: pela primeira vez, todos os países nórdicos tiveram pelo menos um vencedor. Noruega com Snufkin e The Holy Gosh Darn, Dinamarca com Miniatures, Finlândia ficou de fora este ano, mas a Suécia... bem, a Suécia continuou sua dominância com quatro prêmios. Alguém duvidava?
Com informações do: www.gamersegames.com.br