Lenda do Super Smash Bros traz desafio inusitado ao EVO

O campeão Juan 'Hungrybox' Debiedma, um dos cinco 'Deuses' do Super Smash Bros Melee, está causando frisson no EVO 2025 com um desafio ousado. O jogador da Team Liquid criou um side-event onde desafia participantes a vencê-lo por uma bolada que pode chegar a US$ 1.000.

Como funciona o desafio do Hungrybox

O formato é simples mas desafiador:

  • Participantes pagam US$ 5 para enfrentar Hungrybox

  • O prêmio inicial é de US$ 100

  • A cada vitória de Hungrybox, US$ 5 são adicionados ao prêmio

  • O desafio termina quando alguém vencer ou quando o prêmio atingir US$ 1.000

Isso significa que Hungrybox precisaria vencer 180 partidas consecutivas para embolsar todo o prêmio. Mas há uma reviravolta: jogadores profissionais estão proibidos de participar. "Quero que algum boss secreto surpreenda todo mundo", brincou Hungrybox nas redes sociais.

O retorno não-oficial do Smash ao EVO

Desde 2019 que o Super Smash Bros não faz parte oficialmente da EVO, o maior torneio de jogos de luta do mundo. Ainda assim, a comunidade segue encontrando formas criativas de manter o jogo presente no evento.

Em 2021, um dentista viralizou ao oferecer limpezas dentárias gratuitas para quem o vencesse no Smash Ultimate. Agora, a iniciativa de Hungrybox promete ser uma das atrações mais comentadas do EVO 2025.

Rick Thiher, gerente geral da EVO, já havia declarado em entrevista ao Dexerto que adoraria ver o Smash retornar oficialmente ao circuito. Enquanto isso não acontece, iniciativas como esta mantêm viva a chama do jogo na cena competitiva.

Impacto na comunidade e reações dos fãs

A iniciativa de Hungrybox já está gerando ondas na comunidade competitiva. Nas últimas 24 horas, o termo #HungryboxChallenge ultrapassou 15 mil menções no Twitter, com jogadores amadores compartilhando estratégias para enfrentar o campeão. "É como tentar derrotar um chefão final sem save point", comentou um fã no Reddit.

O que torna o desafio especialmente interessante é a combinação de fatores: o prêmio acumulativo, a proibição para profissionais e o formato de endurance. Alguns analistas comparam a dinâmica com os antigos arcades, onde jogadores colocavam moedas para enfrentar máquinas quase invencíveis.

O legado de Hungrybox no cenário competitivo

Não é a primeira vez que Debiedma inova no mundo do Smash. Em 2018, ele popularizou o uso do Jigglypuff em alto nível, revolucionando a meta do jogo. Seu estilo defensivo e calculista rendeu tanto admiradores quanto críticos - mas ninguém questiona sua influência no Melee.

Curiosamente, Hungrybox já havia feito algo similar em 2022, quando ofereceu US$ 500 para quem o derrotasse em partidas online. Na ocasião, o prêmio foi levado após 47 tentativas. "Dessa vez quis aumentar as apostas", revelou em live recente. "O EVO merece algo especial."

O fenômeno dos side-events no EVO

Enquanto torneios principais como Street Fighter 6 e Tekken 8 dominam o palco principal, os side-events se tornaram terreno fértil para criatividade. Além do desafio de Hungrybox, outros jogadores estão organizando:

  • Torneios de mods alternativos como "Melee Item Switch"

  • Desafios de personagens aleatórios com handicap

  • Exibições de técnicas avançadas como wavedashing e L-canceling

Para muitos fãs, esses eventos paralelos capturam a essência do que tornou o Smash Bros único: a combinação de competição séria com pura diversão. "São nessas horas que lembro por que amo essa comunidade", postou um espectador no fórum SmashBoards.

O futuro do Smash nos torneios profissionais

A ausência oficial do Smash Bros no EVO desde 2019 continua sendo um ponto de discórdia. Problemas com a Nintendo - que historicamente teve relações tensas com a cena competitiva - e questões logísticas são frequentemente citadas como razões. Mas eventos como este mostram que a paixão dos jogadores permanece intacta.

Fontes próximas à organização sugerem que conversas discretas sobre um possível retorno em 2026 estão ocorrendo. Enquanto isso, a cena independente segue encontrando formas de manter o jogo relevante. "Não precisamos de permissão para celebrar nosso jogo", declarou um organizador de torneios locais que preferiu não se identificar.

Com informações do: Dexerto