A etapa online do BLAST Open London 2025 marca um momento significativo para os fãs de Fantasy CS:GO: a estreia do sistema Rating 3.0 no jogo de fantasia oficial. Esta mudança, que promete uma representação mais precisa do desempenho dos jogadores, substitui o Rating 2.1 utilizado pela última vez no EWC e redefine completamente como avaliamos o valor dos atletas virtuais.

O que muda com o Rating 3.0 no Fantasy?

O novo sistema de rating não é apenas uma atualização numérica—é uma reformulação completa da maneira como calculamos o impacto real dos jogadores dentro do servidor. Enquanto o sistema anterior tinha suas limitações em capturar nuances de desempenho, o Rating 3.0 incorpora dados mais complexos que refletem melhor contribuições que vão além de simples abates e mortes.

Alguns jogadores foram particularmente impactados pela mudança. Jimpphat, por exemplo, viu sua avaliação ajustada significativamente sob o novo sistema. E não é só ele—donk, apesar de manter seu preço alto de $245k, teve seu rating reduzido, o que curiosamente o tornou menos popular entre os usuários do fantasy. Mas aqui está o paradoxo: justamente por ser menos escolhido, ele pode se tornar um diferencial estratégico para quem quiser arriscar.

O que me surpreende é como o algoritmo de preços ainda requer ajustes manuais. O caso de jcobbb é emblemático: priced em $200k para sua estreia pela FaZe, sem histórico suficiente para o sistema calcular automaticamente. Isso nos lembra que, por mais avançada que seja a estatística, ainda há espaço para a intuição humana no fantasy.

Detalhes do torneio e estratégia para montar seu time

O formato da etapa online apresenta dois grupos de oito times cada, com double-elimination e todas as partidas no formato BO3. São 16 equipes disputando, desde gigantes como Vitality, Spirit e MOUZ até underdogs como GamerLegion e ECSTATIC.

Para montar seu time no Fantasy page da HLTV, você precisa considerar não apenas as novas avaliações, mas também o contexto de cada jogo. Donk, por exemplo, tem histórico de "fazer festa" contra times de tier inferior—o que pode compensar sua avaliação reduzida.

E não se esqueça: este fantasy cobre apenas a fase online do torneio. A etapa presencial em Londres terá seu próprio jogo de fantasia separado, então sua estratégia deve focar exclusivamente no desempenho online das equipes.

Premiação e considerações finais

Além dos pontos para a Season Fantasy, os melhores managers podem ganhar skins patrocinadas pela Skin.Club, incluindo:

  • Hydra Gloves | Rattler (Field-Tested)

  • AWP | Hyper Beast (Field-Tested)

  • M4A1-S | Hyper Beast (Field-Tested)

O que mais me intriga nessa transição para o Rating 3.0 é como ela pode mudar toda a meta do fantasy. Jogadores que antes eram negligenciados podem se tornar picks valiosos, enquanto alguns favoritos podem não valer seu preço inflado. A comunidade ainda está descobrindo como navegar nesse novo sistema, e os primeiros dias do torneio certamente trarão surpresas.

Se você quer se aprofundar nas mudanças técnicas, recomendo ler a explicação detalhada sobre o Rating 3.0 e como ele afeta os top 10 times do mundo. São leituras essenciais para quem leva o fantasy a sério.

Análise de jogadores subvalorizados e supervalorizados

Com a implementação do Rating 3.0, alguns jogadores que antes voavam sob o radar agora se tornam picks extremamente interessantes. Olhando as listas iniciais, percebi que NiKo do G2 está sendo negligenciado por muitos managers—o que é um erro considerando sua consistência contra times de todos os tiers. Seu preço de $230k parece alto, mas quando você analisa como o novo sistema valoriza impact kills e multi-kill rounds, ele se torna uma escolha quase obrigatória.

Por outro lado, jogadores como frozen da FaZe, apesar do hype, podem não entregar o valor esperado pelo custo de $240k. O Rating 3.0 penaliza mais severamente performances inconsistentes, e frozen tem histórico de altos e baixos em fases de grupos. Vale mesmo pagar quase o preço máximo por alguém que pode decepcionar?

E aqui está uma dica que aprendi com experiência própria: não subestime os suportes. O Rating 3.0 finalmente reconhece melhor o valor de jogadores como chopper da Spirit, que frequentemente abre espaços para donk brilhar. Por apenas $180k, ele pode ser a peça que falta no seu time enquanto todos correm atrás dos carries caríssimos.

O impacto do formato double-elimination BO3

Muita gente não percebe como o formato do torneio afeta diretamente suas escolhas no fantasy. Com double-elimination e todas as partidas sendo BO3, jogadores de times que perdem na upper bracket ainda terão chances extras de pontuar—o que significa que investir em underdogs pode ser menos arriscado do que parece.

Pense bem: um time como ECSTATIC, mesmo perdendo na primeira rodada, ainda joga pelo menos mais duas séries BO3 na lower bracket. Isso se traduz em mais rounds, mais oportunidades para seus jogadores pontuarem, e potencialmente mais valor pelo preço pago. Enquanto isso, um favorito que vai direto para a final da upper bracket pode jogar menos partidas no total.

É contra-intuitivo, mas às vezes pagar menos por jogadores de times underdogs que vão jogar muitas partidas pode render mais pontos do que investir pesado em astros de equipes favoritas que avançam rapidamente. A matemática do fantasy nem sempre é óbvia.

Estratégias de captaincy e timing de trocas

Uma mudança crucial que muitos estão ignorando: com o Rating 3.0, a escolha do capitão se torna ainda mais importante. Como o sistema agora calcula differently contribuições como utility damage, assists de granadas e clutches, jogadores como electroNic da Virtus.pro—que sempre foi subvalorizado no sistema antigo—podem se tornar monstros de pontuação.

E não esqueça que você pode trocar o capitão a cada dia de competição. Monitorar quais times jogam mais partidas em cada dia é essencial. Um jogador de um time que joga duas séries BO3 em um único dia pode gerar pontos massivos—especialmente se for capitão naquele dia específico.

Algo que me queimou no passado: não prestar atenção no schedule de jogos. De nada adianta ter um time estelar se seus melhores jogadores não estão competindo naquele dia. A fase online do BLAST London tem calendário irregular—alguns times jogam três dias seguidos, outros têm dias de descanso entre partidas.

Quer uma estratégia pouco convencional? Considere nomear como capitão um jogador de um time underdog que joga contra outro underdog. Essas partidas tendem a ter mais rounds—às vezes indo para o terceiro mapa—o que significa mais oportunidades de pontuação. Enquanto todos colocam donk ou zywOo como capitães, você pode ganhar vantagem com um pick menos óbvio.

Adaptando-se às nuances do Rating 3.0

O que mais me fascina no novo sistema é como ele recompensa diferentes estilos de jogo. Um AWPer como sh1ro, que sempre foi consistentemente bom mas não flashy, pode se beneficiar enormemente do Rating 3.0. Sua precisão e positioning—agora melhor quantificadas—podem torná-lo um pick mais valioso que jogadores mais agressivos mas menos consistentes.

E atenção para os entry fraggers: o Rating 3.0 parece valorizar mais as deaths em contextos específicos. Morrer tentando abrir um bom site não penaliza tanto quanto morrer em situações onde você deveria sobreviver. Isso é particularmente importante para jogadores como KSCERATO da FURIA, cujo estilo agressivo muitas vezes resultava em avaliações mais baixas no sistema antigo.

Estou curioso para ver como a comunidade vai se adaptar. Nas primeiras horas após o lançamento das prices, já vi muita gente reclamando que "não entendem mais como montar time". Mas essa complexidade adicional é exatamente o que torna o fantasy mais interessante—agora há mais camadas estratégicas para explorar.

Algo que notei analisando as primeiras montagens: os times "meta" ainda estão se formando. Como não temos dados históricos com o Rating 3.0, estamos todos aprendendo juntos quais jogadores se beneficiam mais com as mudanças. Aqueles que se dedicarem a entender as nuances do novo sistema terão vantagem significativa nesta primeira temporada.

E não se surpreenda se virarmos algumas semanas e descobrirmos que estávamos todos errados sobre quem são os melhores picks. A beleza do fantasy CS:GO sempre foi sua imprevisibilidade—e o Rating 3.0 só amplifica isso.

Com informações do: HLTV