Organização forma equipe semi-profissional para competir em torneios

A Galorys anunciou nesta terça-feira (10/06) a formação de um time de CS2 composto inteiramente por jogadores com nanismo. A equipe, que já treina desde abril, fará sua estreia competitiva no dia 18 de junho na Liga Aberta da Gamers Club.

Detalhes da nova formação

Batizada de Galorys PCD, a equipe será a terceira formação da organização no cenário de CS2, coexistindo com os times principal e academy. A escalação conta com:

  • Fernando "Fefo" Máximo

  • Henrique "Mini Craque" Saturnino

  • Leonardo "Tequileiro" Baltar

  • Marcos "Zika" Paulo

  • Murilo "Major"

O time será comandado pelo técnico Mateus "Anãozera" Pesarini. Quatro dos cinco jogadores já atuavam como influenciadores da organização antes da formação do time.

Compromisso com diversidade e competição

Soraya Vasconcelos, Head de Esports da Galorys, destacou a importância do projeto: "Entendemos a responsabilidade de abrir portas e estimular a representatividade, mantendo nosso compromisso com o alto nível competitivo do CS nacional".

A organização enfatizou que o time será tratado com a mesma seriedade competitiva das outras formações, descartando qualquer abordagem que pudesse reduzir a iniciativa a um "quadro de humor".

Conteúdo adicional e competições

Além dos torneios regulares, a Galorys planeja produzir conteúdos especiais mostrando os bastidores da preparação da equipe, incluindo treinos e os desafios específicos enfrentados pelos jogadores.

A equipe também participará de competições voltadas para a comunidade PCD (Pessoas com Deficiência), ampliando as oportunidades de competição para jogadores que muitas vezes encontram barreiras no cenário tradicional de esports.

Desafios e adaptações no cenário competitivo

Competir em alto nível com nanismo apresenta desafios únicos que vão além da habilidade no jogo. Os jogadores da Galorys PCD precisaram adaptar seus setups ergonômicos - desde a altura das cadeiras até a distância dos monitores - para garantir conforto durante longas sessões de treino. "Ajustamos tudo milimetricamente", revela o técnico Anãozera. "O posicionamento do teclado e mouse faz diferença na performance."

Recepção da comunidade de esports

O anúncio da equipe gerou reações mistas na comunidade. Enquanto muitos torcedores celebraram a iniciativa de inclusão, alguns questionaram se o fator físico poderia limitar o desempenho. Os jogadores, porém, estão determinados a provar que a habilidade técnica supera qualquer preconceito. "Já enfrentamos dúvidas assim na vida inteira", comenta Mini Craque. "No servidor, o que importa é o que acontece entre as headshots."

Patrocínios e apoio comercial

A Galorys está em negociações com marcas especializadas em equipamentos adaptáveis para potencialmente desenvolver periféricos customizados. "Estamos explorando parcerias com fabricantes de teclados e mouses para criar produtos que atendam às necessidades específicas dos jogadores", adianta Vasconcelos. A organização também planeja lançar uma linha de merchandising com parte da renda revertida para associações que apoiam pessoas com nanismo.

Metas competitivas para a temporada

O calendário inicial da equipe inclui:

  • Liga Aberta da Gamers Club (junho)

  • Torneio PCD Esports (agosto)

  • Qualificatórias para a CBCS (setembro)

O objetivo declarado é alcançar o top 50 do ranking nacional até o final do ano. "Sabemos que o caminho será difícil", admite Fefo, "mas treinamos o dobro para compensar qualquer desvantagem percebida."

Impacto além dos servidores

Psicólogos esportivos envolvidos no projeto destacam o valor simbólico da iniciativa. "Ver jogadores com nanismo competindo no mesmo patamar que outros atletas de esports pode ter um efeito transformador", analisa Dra. Carla Mendes, especialista em psicologia do esporte. A Galorys já recebeu relatos de jovens com nanismo que se inspiraram para começar a jogar competitivamente após o anúncio da equipe.

Com informações do: Dust2