Um sonho realizado após nove anos de carreira

Gabriela "gabs" Freindorfer finalmente conquistou o título que perseguia há quase uma década. A jogadora da FURIA emocionou-se ao falar sobre a vitória na ESL Impact League Season 7 Finals, o primeiro mundial feminino de Counter-Strike vencido por uma equipe brasileira.

"Estamos muito felizes porque era um sonho para todas nós do time, mas também para o Brasil. Nunca teve um time brasileiro feminino que ganhou um mundial", disse gabs em entrevista exclusiva. A jogadora destacou os anos de esforço por trás da conquista histórica.

O que essa vitória significa para o cenário feminino

Além do troféu, a conquista traz novas perspectivas para o CS:GO feminino no Brasil. gabs acredita que o título pode abrir portas para mais visibilidade, patrocínios e oportunidades para as jogadoras brasileiras.

"Acredito que vai ter muito mais visibilidade para o nosso jogo... Acho que agora vão vir muitas marcas, parcerias, e pessoas que vão realmente dar uma chance para nós", projetou a campeã.

Leia também: FURIA é campeã do mundial feminino pela primeira vez

A emocionante final contra as norte-americanas

A vitória veio após uma emocionante final contra a equipe Supernova Comets. A FURIA perdeu o primeiro mapa (Ancient), mas se recuperou para vencer Dust2 e Inferno, fechando a série em 2-1.

gabs revelou que o segredo foi manter a concentração: "A palavra desse torneio para nós é concentração... Focamos muito nele, na concentração de round por round". A jogadora destacou a importância do aspecto psicológico em competições de alto nível.

Com essa conquista, a FURIA não apenas escreveu seu nome na história do CS:GO feminino, mas também inspirou uma nova geração de jogadoras brasileiras.

O caminho até o topo: desafios e superações

A jornada da FURIA até o título mundial foi marcada por obstáculos que muitas equipes femininas enfrentam no cenário competitivo. gabs compartilhou alguns dos desafios: "Muitas vezes tivemos que treinar em condições não ideais, com equipamentos limitados e menos estrutura que times masculinos. Mas isso só nos fez trabalhar mais duro".

A jogadora lembrou momentos decisivos na trajetória da equipe: "Lembro de um torneio no ano passado onde perdemos feio para uma equipe europeia. Foi humilhante, mas também foi o empurrão que precisávamos para evoluir nosso jogo".

O papel das torcedoras e a energia no evento

O ambiente na ESL Impact League Season 7 Finals foi descrito por gabs como "elétrico". "Tinha muitas torcedoras brasileiras lá, foi incrível ver tanta gente apoiando. Quando começamos a virar o jogo no Dust2, o estádio parecia tremer", contou emocionada.

Essa conexão com as fãs parece ter sido um diferencial psicológico para a equipe. "Nos rounds decisivos, a gente ouvia o grito do Brasil e isso dava um gás extra. Sabíamos que não estávamos jogando só por nós, mas por todas as mulheres que amam CS no nosso país".

Saiba mais sobre a ESL Impact League Season 7

O futuro do CS:GO feminino no Brasil

Com a vitória, surge a questão: o que vem pela frente? gabs expressou esperança de que este seja apenas o começo: "Quero ver mais times brasileiros femininos competindo internacionalmente. Precisamos de mais apoio das organizações e da comunidade para construir um cenário sustentável".

A jogadora mencionou planos concretos para capitalizar o momento: "Já estamos conversando com a FURIA sobre um projeto para ajudar a descobrir e desenvolver novas talentos. Tem tanto potencial não explorado no Brasil...".

Enquanto isso, a equipe já se prepara para novos desafios. "Temos a DreamHack Dallas em duas semanas, e depois o IEM Cologne. Não vamos parar por aqui", afirmou gabs com determinação. A pergunta que fica é: até onde essa equipe histórica pode chegar?

Com informações do: Dust2